Pesquisa no site

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Crime Organizado Federal - Dois milhões bastam para comprar voto favorável

No Brasil PeTralha, qualquer cargo do qual dependa a manutenção no "puder", sempre será muito bem remunerado com o dinheiro público.
Honra e Justiça são valores desconhecidos para aqueles que insistem em declarar que não importam os meios. O que importa a estes elementos é a perpetuação no poder.

OEB
                                               ______________________________

Bomba! Escritório do Ministro “novato” do STF recebeu dispensa de licitação de R$ 2 Milhões do Governo Federal

Conteúdo: implicante.org
do site: portali9.com.br
por Marlos Ápyus

Fabiano Portilho

Luis Roberto Barroso, Ministro do STF e proprietário do escritório de advogados, Luis Roberto Barroso & Associados
Não é só Dias Toffoli quem vem mantendo relações questionáveis com instituições que necessitam de seu julgamento em Brasília. O alerta foi feito pelo perfil @arykara no Twitter:
A informação não necessita de melhores fontes uma vez que foi retirada diretamente do Diário Oficial da União:
A cronologia dos eventos levanta suspeitas a respeito da independência do ministro Barroso:
20 de junho de 2013
Luis Roberto Barroso inicia seus trabalhos junto ao STF.
12 de agosto de 2013
Escritório ligado ao nome do ministro é beneficiado pela União com inexigibilidade de licitação num valor que ultrapassa os 2 milhões de reais.
11 de setembro de 2013
Luis Roberto Barroso vota pela reabertura do julgamento do mensalão, voto este que pode ser decisivo para livrar da cadeia alguns mensaleiros ligados ao governo.
Ontem, durante voto do ministro Marco Aurélio Mello, Barroso pediu a palavra para defender a suposta independência que possuía:
Parece irrelevante a opinião pública, e fico muito feliz quando uma decisão do tribunal constitucional coincide com a opinião pública, mas se o que considero certo não bate com a opinião pública, eu cumpro meu papel. A multidão quer o fim desse julgamento, e eu também. Mas nós não julgamos para a multidão, nós julgamos pessoas. [...] Não estou aqui subordinado à multidão. Não tenho o monopólio da certeza, mas tenho o monopólio íntimo de fazer o que acho certo.
(grifos nossos)
Irritado com as críticas recebidas, o ministro Marco Aurélio Mello não se furtou de em plena corte chamá-lo de “novato”. Se Barroso possui de fato o “monopólio íntimo” de fazer o que acha certo, talvez seja justo aguardar que torne público esclarecimentos sobre sua real relação com o escritório em seu nome.
Fonte: Implicante
 ____________________________________________

Conteúdo VEJA Por Reinaldo Azevedo

Barroso decide dar um piti; Marco Aurélio o enfrenta com brilho e o chama de “novato”

Roberto Barroso decide dar um piti. Diz que serve à Constituição, não à multidão. Está querendo dizer, por acaso, que o mesmo não se dá com os outros? Lembro que ele foi o primeiro a afirmar que voto contrário ao dele era “casuísmo”. Ninguém atacou o seu voto, é bom deixar claro. Ele, sim, foi deselegante com os demais. Marco Aurélio enfrenta Barroso e o chama de “novato”.
Barroso foi, sim, extremamente agressivo com Marco Aurélio e com o STF. Marco Aurélio está de parabéns. E Barroso, finalmente, se revela.
Por Reinaldo Azevedo
 ____________________________________________

O povo brasileiro pode esperar acontecimentos dos mais absurdos.
OEB
Roda no facebook - "CELSO DE MELLO E DIRCEU MORARAM JUNTOS EM 1968
EM SÃO PAULO NUMA REPÚBLICA DE ESTUDANTES.
"

Conteúdo: Geração meia-oito - conjur.com.br/

Onde estavam personagens do mensalão há 40 anos

Por Maurício Cardoso
1968, o que fizemos de nós é o nome de um belo livro, do jornalista Zuenir Ventura, lançado em 2008, como sequência de um outro livro ainda mais lindo, 1968, o ano que não terminou, de 1989. Os dois livros falam de um personagem incomum, o ano de 1968: “É possível que no século XX, tenha havido ano igual ou mais importante do que 1968, mas nenhum tão lembrado, discutido e com tanta disposição para permanecer como referência, por afinidade ou por contraste”, explica o autor na contracapa do último volume. E diz mais: “A geração de 68, que dizia não confiar em ninguém com mais de 30 anos, está completando 40. Ainda dá para confiar nela? Que balanço se pode fazer hoje de um ano tão carregado de ambições e de sonhos? O que foi feito dessa herança?”
As questões que o livro de Zuenir procura responder podem ser encontradas também, em larga escala, no plenário do Supremo Tribunal Federal, todas as segundas, quartas e quintas-feiras, enquanto se julga a Ação Penal 470, o processo do mensalão. O livro de Zuenir Ventura pode até não explicar porque o partido que era apontado como mais ético e mais autêntico da história da República se tornou patrono do maior escândalo de corrupção do país. Mas ele mostra que boa parte dos principais personagens desse drama político estavam todos lá em 1968, caminhando e cantando, e seguindo a canção.
Quem abrir o livro à página 48, vai encontrar o capítulo Há um meia-oito em cada canto. Vai saber que, nos idos de meia-oito, José Dirceu, acusado de ser o “chefe da quadrilha” do mensalão, era um dos mais influentes líderes do movimento estudantil. E que o ministro Celso de Mello, o decano do tribunal que está julgando Dirceu juntamente com toda a “quadrilha”, era praticamente colega do político. “Em 1968, José Dirceu e Celso de Mello moravam numa república de estudantes em São Paulo, visitada frequentemente por agentes do Dops”, conta o livro.
Os dois trilharam caminhos diferentes. “Dirceu foi para a militância e Mello para os estudos”. Mas, em suas respectivas trincheiras, defenderam os mesmos ideais de liberdade. Celso de Mello relembra o momento difícil que enfrentou como orador da turma de promotores aprovados no concurso do Ministério Público. “Eu precisava protestar contra o regime ditatorial, e fiz um discurso que não agradou muito ao chamado establishment; não fui aplaudido.”
Outros meia-oito ilustres que passaram pelo Supremo Tribunal Federal já estão aposentados. Sepúlveda Pertence, que deixou o Supremo em 2007, foi vice-presidente da UNE (1959-1960) e professor da UnB (1962-1965), cargos dos quais se viu afastado à força pelo regime dos generais. Hoje é integrante da Comissão de Ética Pública, ligado à presidência, criada justamente para evitar que novos mensalões aconteçam.
O outro é Eros Grau, que se aposentou em 2010. Em uma de suas últimas intervenções no Supremo, foi o relator da Ação Direta de Inconstitucionalidade que julgou constitucional a Lei de Anistia. Adepto do Partido Comunista (“nunca tive carteira, porque o partido não dava carteira, mas eu tinha um comprometimento com as teses do partido, digamos assim”), foi preso e torturado por sua atuação na resistência à ditadura.
“A geração de 68 não chegou a eleger nenhum presidente, ainda que os dois últimos — Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva — considerem ter levado para o poder idéias e representates das turmas com a qual reivindicam ter afinidades eletivas”, diz Zuenir, na abertura do capítulo dos meia-oito. Claro, o livro foi lançado em 2008, época em que Dilma Rousseff, ex-militante da VAR-Palmares, ainda não havia sido eleita presidente da República. “Em face de sua resistência à tortura na prisão, o promotor que a denunciou chamou-a de Joana D’Arc da subversão”, rememora Zuenir.
Além de Dilma e Zé Dirceu, são citados, ainda, como representantes da geração meia-oito que chegaram ao poder na era Lula, o governador da Bahia, Jaques Wagner (então presidente do diretório acadêmico da PUC-Rio e militante do PCdoB), o prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel (militante do movimento estudantil e da VAR-Palmares), o ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil Antônio Palocci (militante da organização trotskista Libelu, juntamente com o ex-secretário da presidência Luiz Dulci e o ex-secretário de Comunicação, Luiz Gushiken). Franklin Martins, que sucedeu Gushiken na Secretária de Comunicação foi do MR-8 e seu secretário executivo Ottoni Fernandes Junior, da ALN. O ministro da Cultura de Lula, Gilberto Gil não era filiado a nenhum grupo militante, mas só de cantar, foi preso e proibido de se apresentar, optando por se exilar na Inglaterra.
Tarso Genro, ministro da Educação e da Justiça no governo Lula, foi ativista da UNE e do PCdoB e da dissidência desta, a Ala Vermelha, que pregava a luta armada. Foram seus companheiros na militância esquerdista, Milton Seligman, hoje diretor de Relações Corporativas da Ambev, e Paulo Buss, presidente da Fundação Osvaldo Cruz. Os três compartilharam também as salas de aula da Universidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. “Era uma cidade pequena, e todo mundo se conhecia. Diante da convocação de uma manifestação, o Dops prendia os de sempre”. Que eram os três, relembra Seligman em entrevista para o livro de Zuenir.
Também são meia-oito os verdes Fernando Gabeira, ex-deputado federal pelo Rio de Janeiro, e Carlos Minc, outro ministro do governo Lula. Mas não só no PT e no PV que se firmou o destino de quem viveu as convulsões de 1968. Antes, muito pelo contrário, como sustenta Zuenir Ventura ao resgatar o nome de dois ilustres meia-oito que tomaram outra direção. Um é o ex-senador tucano pelo Amazonas e atual líder na corrida para a prefeitura de Manaus, Arthur Virgílio Neto. Naqueles tempos, Arthur Virgilio era militante do clandestino PCB e diretor do Centro Acadêmico da Faculdade Nacional de Direito (atual UFRJ). Outro é o ex-prefeito do Rio de Janeiro, Cesar Maia, que pertenceu à Corrente, uma dissidência do PCB que pregava a luta armada. Foi preso no Congresso da UNE, em 68 e foi para o exílio na Argentina e no Chile, onde ficou amigo de outro militante de esquerda no exílio, José Serra.
Como diz Zuenir Ventura, “eles estão no poder, na oposição, à esquerda, à direita, e até prestando contas à Justiça. Há um meia-oito em cada esquina".
 

Maurício Cardoso é diretor de redação da revista Consultor Jurídico
 

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Estado intromissor - Caos devastador - isso é socialismo

Esta matéria mostra o caos que, invariavelmente, assola qualquer economia onde o socialismo é instalado, razão da miséria e desabastecimento em todos eles.OEB

Conteúdo: istoedinheiro.com.br
Confira as principais expropriações feitas por Hugo Chávez

As expropriações foram uma grande marca do governo de Hugo Chávez. Elas representaram gastos de até US$23 bilhões para o país. Até 2011, mais de 400 empresas já haviam sofrido intervenção estatal. 

Por Redação Isto É - Economia
As expropriações foram uma grande marca do governo de Hugo Chávez. Segundo estudo da Ecoanalítica elas representaram gastos de até US$23 bilhões para o país. Até 2011, mais de 400 empresas já haviam sofrido intervenção estatal:
Açucareira Cumanacoa
Expropriada em 2005, passou a se chamar “Azucarero Sucre” e receber consultoria cubana. A produção da empresa caiu 18% desde que passou para as mãos do governo e o prejuízo foi de 66%. 
Cargill
A Cristal, fábrica da empresa de alimentos Cargill foi expropriada em 2009. O governo alegou que ela não produzia o tipo de arroz determinado. 
Fruticola Caripe
Responsável por processar suco de laranja, passou para as mãos do governo em 2007 e mudou o nome para passou Cítricos Roberto Bastardo. A produção atual é apenas de 13% do que anteriormente. 
Rualca
A exportadora de alumínio foi estatizada no ano de 2008 e seu nome foi mudado para Rialca. A fábrica está parada e sem produção. 
Venepal
A fabricante de celulose foi incorporada à estatal Invepal. Depois disso, passou a produzir somente 2% de sua capacidade. 
Venirauto
A empresa foi criada em 2006 em sociedade com o Irã e tinha como objetivo fabricar 26 mil unidades por ano. No período de 4 anos vendeu apenas 2 mil unidades. 
Lácteos Los Andes
Respondia por 35% do mercado de leite e passou a produzir 2% da demanda nacional. 
Cervejaria Polar e Pepsi
A área que possuía estrutura industrial foi expropriada para a construção de moradias. 

terça-feira, 10 de setembro de 2013

O PODER DEVE ESTAR NA COMUNIDADE



O PODER DEVE ESTAR NA COMUNIDADE

Companheiros e companheiras, a comunidade é que deve ser poderosa...

Por Isaac Carreiro Filho

“Dilma é a 3ª mulher mais poderosa do mundo.” (Forbes Magazine)

Um país rico é um país sem mentiras.”

AS AUTORIDADES DESTE PAÍS TÊM EXERCIDO O PODER COM ÉTICA?
Art. 1º, § único. “Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”. (CF 88). As histórias de Pinóquio pipocam aqui e acolá e chamam isto de Marketing.

AVANÇO NA CULTURA NÃO SE DÁ POR MÉTODOS MIRABOLANTES
Em mais um troca-troca ministerial, Dilma Roussef exigiu de Marta Suplicy avanço na cultura. A estrela petista assumiu o Ministério da Cultura ao som dos Titãs (ich!), cobrando do Congresso a aprovação da lei que cria o vale cultura, um benefício trabalhista de R$ 50,00 que poderia ser usado para gastos com cinemas, teatro e outras atividades artísticas. Mais uma vez o governo insiste na política de assistencialismo vicioso, quando o ideal seria reverter tal quantia aos salários, esquecendo-se de que a cultura é um processo paulatino, dependente da manifestação da comunidade.
O verdadeiro avanço na educação e na cultura deve começar com respeito aos professores (salários dignos, treinamento) e educação de qualidade nos colégios.

ESTAMOS MATANDO OS ÍNDIOS
Veiculou recentemente um boato na Internet que o Exército Brasileiro vem sistematicamente matando a população indígena deste país. Não existem fatos reais que fundamentam tal informe. A mesma rede divulgou logo a seguir, baseada em dados oficias, que a população indígena brasileira mais que duplicou em dez anos.
Na Amazônia, quase 90% do contingente militar tem origem indígena. Para nosso orgulho, esta etnia está cada vez mais integrada às Forças Armadas, diferentemente do que ocorreu em outras partes do planeta, como na América do Norte.
Servi na Amazônia de 1994 a 1996. Pude constatar que os indígenas estão melhores do que muita gente pensa: são livres, falam três ou mais idiomas, usam antenas parabólicas e são liderados por capitães. A comunidade indígena está mais viva do que nunca.

A REBELDIA OBSESSIVA PODE CUSTAR CARO
Embora a maioria dos brasileiros não se dê conta, lutando pela sobrevivência e absorvida no difícil e perigoso dia a dia, parece que estamos vivendo coletivamente a Parábola do Filho Pródigo numa versão pós-moderna.
Alguns anarquistas de porão se acham injustiçados e pedem indenizações milionárias. Ora, desde cedo aprendi que quem faz opções erradas deve arcar com o ônus de suas decisões e não imputar o seu erro, por ação ou omissão, à coletividade.
A Comissão da Verdade deveria levantar os dois lados e não somente os agentes do Estado. Hermética e refratária perde a razão de ser pela falta do contraditório. A Anistia está, na realidade, a serviço de uma minoria cada vez mais privilegiada. Se nada mudar, a demanda reprimida gerará uma profusão de pedidos indenizatórios e quem pagará a conta mais uma vez será a comunidade ordeira e trabalhadora deste país.

COLÉGIOS MILITARES
A par da qualidade de ensino, a juventude aprende a ser responsável e adquire hábitos e costumes saudáveis, tais como disciplina e hierarquia, além de cultuar as noções de patriotismo, amor à pátria e respeito aos símbolos nacionais.

O MENSALÃO É APENAS A PONTA DO ICEBERG
Ainda há muita gente grande por trás do esquema do mensalão denunciado por Roberto Jefferson. Estão tentando tapar o sol com a peneira e escondendo aquilo que todo mundo já sabe, principalmente dos principais beneficiários. Castelos bilionários surgem da noite para o dia, mas não ficará pedra sobre pedra. Esqueceram que Deus vê tudo. O país não pode conviver mais com caixa 2. Se não tivesse havido o gesto tresloucado de Roberto Jefferson teria sido um plano perfeito envolvendo Lula e José Dirceu, segundo Nelson Motta, em O plano perfeito, Estado de São Paulo, 05 out. 2012.

O PARADIGMA DA MARCA DOS ESCOLHIDOS
Escolhido é sinônimo de selecionado, eleito, adotado.  Pelo sufrágio universal o povo chama alguém para representá-lo, delega autoridade. Em contrapartida, o eleito deveria prestar bons serviços, dar bons frutos e não legislar em causa própria. As pesquisas de opinião[1] e a urna eletrônica ainda são confiáveis? Maldito o homem que confia no homem. Os escolhidos devem possuir marcas como: pessoa de fé inabalável no que faz; otimismo com pé no chão; comprometimento; postura; ter passado presente e futuro; comportamento equilibrado; atitude; testemunho pregresso por meio de obras ou serviços comunitários já prestados. Enfim, o escolhido deve ser um cidadão aprovado pela comunidade sem ter do que se envergonhar. DEUS SEJA LOUVADO.

"Dinheiro faz homens ricos, o conhecimento, homens sábios e a humildade faz grandes homens!!!"



OUVINDO A VOZ DA INTERNET
O YouTube divulgou em setembro que a presidente Dilma anunciara em rede nacional, às vésperas de 7 de setembro,  que o governo mandou baixar as tarifas de energia elétrica no Brasil. Na realidade, a ordem teria vindo do Tribunal de Contas da União. O TCU mandou devolver mais de 11 bilhões de cobranças indevidas de energia elétrica nos últimos 7 anos, com percentual fixado pelas contas anteriores pagas a maior desde 2003.




A premissa do método estatístico é a de que não seria necessário ouvir toda a população para conhecer a sua preferência política. Isto exige métodos de amostragem bem planejados e executados. As pesquisas de opinião pública podem auxiliar na tomada de decisões.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

A PERIGOSA VERDADE SOBRE OS MÉDICOS CUBANOS

Drama dos médicos cubanos: praticam um “curandeirismo” escravos de paramilitares, diz doutor que fugiu a Miami


O cubano Gilberto Velazco Serrano, 32, aprendeu a ser médico com livros desatualizados, sem medicamentos nem equipamentos.

“É triste, mas eu diria que o que se pratica em Cuba é uma medicina quase de curandeirismo”, disse em entrevista a Aretha Yarak da “Veja” (31/08/2013).

Gilberto foi enviado à Bolívia em 2006 para uma “ação humanitária” e logo percebeu que estava em meio a uma manobra de pregação da ideologia comunista.

Velazco não aceitou o regime de servidão escravocrata e fugiu. De início pediu abrigo político no Brasil, mas obteve uma situação provisória.

Ele agora mora com a família em Miami, EUA e estuda para revalidar seu diploma.

Eis excertos de sua entrevista à “Veja”:

Como os médicos são selecionados para as missões?

Eles são obrigados a participar. Em Cuba, se é obrigado a tudo, o governo diz até o que você deve comer e o que estudar. As brigadas médicas são apenas uma extensão disso.

Se eles precisam de 100 médicos para uma missão, você precisa estar disponível. Normalmente, eles faziam uma filtragem ideológica, selecionavam pessoas alinhadas ao regime. Mas acredito que essa filtragem esteja menos rígida ou tenha até acabado.

Como foi sua missão?

Fomos enviados 140 médicos para a Bolívia em 2006. Disseram que íamos ficar no país por três meses para ajudar a população após uma enchente.

Quando cheguei lá, fiquei sabendo que não chovia há meses. Era tudo mentira. Os três meses iniciais viraram dois anos.

O pior de tudo é que o grupo de 140 pessoas não era formado apenas por médicos. Havia pelo menos 10 paramilitares.

A chefe da brigada, por exemplo, não era médica. Os paramilitares estavam infiltrados para impedir que a gente fugisse.

Paramilitares?

Vi armas dentro das casas onde eles moravam.

Eles andavam com dinheiro e viviam em mansões, enquanto nós éramos obrigados a morar nos hospitais com os pacientes internados.

Como era o trabalho dos paramilitares?

A chefe da brigada disse: “Vocês são guerrilheiros, não médicos. Não viemos à Bolívia tratar doenças parasitárias, vocês são guerrilheiros que vieram ganhar a luta que Che Guevara não pode terminar”.

Eles nos diziam o que fazer, como nos comportar e eram os responsáveis por evitar deserções e impedir que fugíssemos.

A chefe da brigada disse: “Vocês são guerrilheiros, não médicos. Não viemos à Bolívia tratar doenças parasitárias, vocês são guerrilheiros que vieram ganhar a luta que Che Guevara não pode terminar”.
Você foi obrigado a fazer algo que não quisesse?

Certa vez, eu fui para Santa Cruz para uma reunião, lá me disseram que eu teria de ficar no telefone, para cadastrar o número de atendimentos feitos naquele dia. Acabei tendo que alterar os dados, já que o estabelecido era um mínimo de 72 atendimentos por médico ao dia. Os dados foram falsificados.

Como é a formação de um médico em Cuba?

Muito ruim. É uma graduação extremamente ideologizada, as aulas são teóricas, os livros são velhos e desatualizados. Alguns tinham até páginas perdidas.

Aprendi sobre as doenças na literatura médica, porque não tinha reativo de glicemia para fazer um exame, por exemplo. Não dava para fazer hemograma.

A máquina de raio-X só podia ser usada em casos extremos.

Os hospitais tinham barata, ratos e, às vezes, faltava até água.

Vi diversos pacientes que só foram medicados porque os parentes mandavam remédios dos Estados Unidos.

Aspirina, por exemplo, era artigo raro.

É triste, mas eu diria que é uma medicina quase de curandeiro.

Você fala para o paciente que ele deveria tomar tal remédio. Mas não tem. Aí você acaba tendo que indicar um chá, um suco.

Como era feita essa "graduação extremamente ideologizada" que o senhor menciona?

Tínhamos uma disciplina chamada preparação militar.

Segundo o governo cubano, o imperialismo iria atacar a ilha e tínhamos que nos defender.

Assim, estudávamos tudo sobre bombas químicas, aprendíamos a atirar com rifle, a fazer maquiagem de guerra e a nos arrastar no chão. Mas isso não é algo exclusivo na faculdade de medicina, são ensinamentos dados até a crianças.

Como é o sistema de saúde de Cuba?

O país está vivendo uma epidemia de cólera. Nas últimas décadas não havia registro dessa doença. Agora, até a capital Havana está em crise.

A cólera é uma doença típica da pobreza extrema, ela não é facilmente transmissível. Isso acontece porque o sistema público de saúde está deteriorado. Quase não existem mais médicos em Cuba, em função das missões.

Por que você resolveu fugir da missão na Bolívia?

Minha realidade era: ao me formar médico eu teria um salário de 25 dólares. Em Cuba, o paramédico é uma propriedade do governo.

Eu não tinha opção. Eram pagos 5.000 dólares por médico, mas eu recebia apenas 100 dólares: 80 em alimentos que eles me davam e os 20 em dinheiro. Eu nunca fui pago corretamente, já que médico cubano não pode ter dinheiro em mãos, se não compra a fuga.

Você pediu asilo no Brasil?

Aleguei que faria o Revalida e iria para o Nordeste trabalhar em regiões pobres, mas a Polícia Federal disse que não poderia regularizar minha situação. Nesse meio tempo, fui à embaixada dos Estados Unidos e fui aprovado.

Após a sua deserção, sua família sofreu algum tipo de punição?

Meus pais nunca receberam um centavo do governo cubano enquanto estive na Bolívia, mas sofreram represálias depois que eu decidi fugir.

A primeira leva de cubanos no Brasil é composta por médicos mais experientes...

Pelo o que vivi, sei que isso é tudo uma montagem de doutrinação. No caso das pessoas mais velhas, é mais improvável que optem pela fuga e deixem seus familiares para trás. Geralmente, são pessoas que vivem aterrorizadas, que só podem falar com a imprensa quando autorizadas.

Assim, estudávamos tudo sobre bombas químicas, aprendíamos a atirar com rifle, a fazer maquiagem de guerra e a nos arrastar no chão. Mas isso não é algo exclusivo na faculdade de medicina, são ensinamentos dados até a crianças.
Os médicos cubanos que estão no Brasil deveriam fazer o Revalida?

A formação médica em Cuba está muito crítica. Eu passei o fim da minha graduação dentro de um programa especial de emergência.

A ideia era que eles reduzissem em um ano minha formação, para que eu pudesse ser enviado à Bolívia.

O governo cubano está fazendo isso: acelerando a graduação para poder enviar os médicos em missões ao exterior.
Fonte: http://esta-acontecendo.blogspot.com.br

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Barbosa deve pedir prisão imediata dos meliantes mensaleiros

TSF - Barbosa deve pedir nesta quinta-feira prisão de réus do mensalão
O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, deve pedir amanhã, 5, a prisão imediata dos réus do mensalão. Se for concluída nesta quarta-feira, 4, a análise de todos os embargos de declaração e rejeitada a possibilidade de novo julgamento para 11 dos 25 condenados, Barbosa e ao menos outros dois ministros defenderão que a pena comece a ser cumprida imediatamente.

Política
Barbosa deu sinais, desde o início do julgamento dos primeiros recursos, de que pediria a antecipação do cumprimento da pena. Em vários momentos, o relator da ação penal afirmou que os recursos dos réus eram "meramente protelatórios" e visavam apenas a postergação da execução da pena.
O ministro Gilmar Mendes, que deverá apoiar a proposta, afirmou, ainda antes de iniciado o julgamento dos recursos, que os embargos de declaração eram protelatórios. Já dava sinais, portanto, de que defenderia a prisão célere dos condenados.
Normalmente, o tribunal só determina a execução imediata da pena depois de julgados os segundos recursos. Foi o que aconteceu recentemente no caso de Natan Donadon (RO). Condenado, o deputado recorreu da decisão. O tribunal rejeitou o recurso. Novamente, Donadon contestou a decisão e depois de quase três anos de espera, o segundo recurso foi julgado e rejeitado também. Só então, em meio às manifestações de rua de junho, o tribunal determinou a execução da pena, alegando que os novos embargos tinham a intenção apenas de protelar o fim do processo.
Jurisprudência. Advogados dos réus ontem, 3, já discutiam essa possibilidade. E ressaltavam que esta seria uma nova alteração na jurisprudência da Corte. Alguns dos condenados, como o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, prepararam-se para o fim antecipado do processo.
Todavia, parte dos ministros resiste a essa proposta. Alegam eles, essencialmente, que o tribunal inovaria se determinasse a prisão imediata dos réus após o julgamento dos primeiros recursos. A Corte daria motivo para os condenados reforçarem as acusações de que teriam sido submetidos a um julgamento de exceção.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Globo entre a cruz e a espada

Globo pede a Lula que segure manifestantes e a ajude a combater o Google

Conteúdo: Correio do Brasil
Por Redação - de São Paulo
Lula recebe um prêmio na presença de João Roberto Marinho(E), em 2004
A pauta do recente encontro entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente dasOrganizações Globo João Roberto Marinho, confirmado pela assessoria do Instituto Lula, vazou nesta sexta-feira em um blog na internet e revela o desespero da maior organização midiática de ultradireita na América Latina com a força das manifestações de rua, que cobram o fim do monopólio nas comunicações e o pagamento de impostos devidos pela emissora à Receita Federal. Pressionada por mais um protesto, convocado para esta sexta-feira, em frente às suas instalações, na capital paulista, e pela queda no faturamento devido ao aumento significativo da audiência na internet, a empresa visava o abrigo de um dos maiores ícones das esquerdas no país.
Segundo o titular do blog Conversa Afiada, o jornalista Paulo Henrique Amorim (PHA), Marinho “foi ao Presidente Lula pedir ajuda contra o Google”. Citando fonte, o também apresentador de um jornal noturno na Rede Record, principal adversária da Rede Globo na TV aberta, afirmou que “a publicidade está numa situação tal que pode provocar uma crise” no setor, que reúne a mídia conservadora no país e é conhecido, por sua atuação política, como Partido da Imprensa Golpista (PIG). Seu interlocutor não disse, mas “imagina-se que o Lula deva ter achado ótimo”, comentou o colunista.
Depois de culpar o Google, maior mecanismo de buscas e difusor de publicidade na web, no mundo, pela queda na arrecadação dos veículos de comunicação que controla no país, segundo PHA, “filho do Roberto Marinho – segundo esse passarinho inconfidente – passou a ‘espinafrar’ a Dilma. Que a Dilma isso, que a Dilma aquilo, e, além do mais, a Dilma não o recebe – não recebe o filho do Roberto Marinho”.
“E, aí, amigo navegante, a bomba! O filho do Roberto Marinho pediu ao Lula para voltar. ‘Volta, Lula, volta, pelo amor de Deus! Mas, como? indagou o Lula”, segundo a fonte.
– Vocês me espinafraram todo dia e você vem aqui me pedir para voltar? – teria questionado o ex-presidente
– Mas, você é diferente, Lula, respondeu o filho do Roberto Marinho. Você é um estadista – disse João Roberto Marinho, segundo o jornalista.
“O filho do Roberto Marinho foi embora sem uma gota de esperança”, acrescenta PHA. Após a saída do visitante, Lula teria comentado com a fonte:
– Esses caras me esculhambam o tempo todo e agora querem que eu volte. Ora, vai …
Temor justificado
Ainda segundo PHA, Marinho tem razões de sobra para estar assustado com o crescimento do Google no país. Recentemente, a agência norte-americana de publicidade Omnicom, a segunda do mundo, associou-se à francesa Publicis para se tornar a primeira do mundo, em uma tentativa de enfrentar o Google, que se tornou, de fato, a maior agência mundial de publicidade. “O Google é o maior destinatário de publicidade do Brasil, depois da Globo”, constata PHA. Atualmente, segundo projeções de analistas do setor, a internet detém 15% da verba de publicidade do Brasil mas, na próxima década, chegará aos 50%. O Google paga em dólares aos proprietários dos sites na internet e, na soma de publicidade no Google, no Youtube e Twitter, a conta já se aproxima do faturamento da Globo. Sem os 75% a 80% do mercado publicitário na tevê aberta, como ocorre hoje no Brasil, o modelo de negócios da Globo naufraga, segundo PHA.
“Não tem como pagar US$ 300 mil de capítulo de novela, três novelas no ar, novas, por dia, 365 dias por ano. Nem R$ 15 milhões por mês de salário a atores que não estão no ar. Um dia, o SBT e a Bandeirantes procuraram o presidente Fernando Henrique (…) para que o capital estrangeiro entrasse na indústria da tevê brasileira”, lembra o jornalista. FHC, diante do pedido, teria dito a um diretor da Band que ele próprio não tinha como enfrentar a Globo, que eles fossem ao Congresso lutar por isso.
“Quando a Globo quebrou, ela precisou de capital estrangeiro no cabo e o FHC deu. Quando o presidente Lula assumiu, a Globo estava quebrada. O PT poderia, ali, quebrar a espinha da Globo. O Ministro Palocci, de inúmeros serviços prestados ao neolibelismo pátrio e à indústria de supermercados salvou a Globo. Foi ali que a Globo começou a sonegar Imposto de Renda. E até hoje não mostrou o DARF (recibo do pagamento dos impostos devidos em um rumoroso processo judicial que monta cerca de R$ 1 bilhão)”, escreveu o jornalista.
Concentração absurda
A própria Secretaria da Comunicação (Secom) da presidência da República, responsável pelo investimento publicitário das verbas do governo federal, autarquias e empresas estatais, publicou recentemente um texto no qual questionava as críticas realizadas por pequenas empresas de comunicação e empreendedores individuais, entre eles blogueiros, acerca dos seus critérios na aplicação dos recursos públicos em publicidade. Não ficou sem resposta. A associação dessas pequenas empresas de comunicação, com representatividade em todo o país (Altercom) tem defendido os interesses da sua base e proposto entre outros pontos que se estabeleça como política a destinação de 30% das verbas publicitárias às pequenas empresas de comunicação. Pratica adotada em outros setores da economia, como na compra de alimentos para a merenda escolar. E também em outros países onde a pluralidade informativa é obrigação do Estado, inclusive do ponto de vista do financiamento.
Leia, adiante, a nota da Altercom:
“Em nome da qualidade do debate democrático, a Altercom utilizará os números do estudo divulgado pela Secom para defender sua tese de que a política atual do governo federal está fortalecendo os conglomerados midiáticos, não garante a pluralidade informativa e mais do que isso não reflete os hábitos de consumo de comunicação e informação do brasileiro. Tem como única referência os parâmetros das grandes agências de publicidade e seu sistema de remuneração onde o principal elemento é a Bonificação por Volume (BV).
A partir disso, seguem algumas observações que têm por base os números do estudo publicado e assinado pelo secretário executivo da Secom.
- Em 2000, ainda no governo FHC, o meio televisão representava 54,5% da verba total de publicidade que era de 1,239 bilhão. Em 2012, esse percentual cresceu para 62,63% de uma verba de 1,797 bilhão. Ou seja, houve concentração de verba em TV mesmo com a queda de audiência do meio e o fortalecimento da internet.
- Em 2011, os grandes portais receberam 38,93% das verbas totais de internet. Em 2012, os grandes portais passaram a receber 48,57% deste volume. Mesmo com a ampliação da diversidade na rede a Secom preferiu a concentração de recursos.
- Também de 2011 para 2012, a Rede Globo aumentou sua participação no share de Tvs. Saiu de 41,91% em 2011 para 43,98% no ano passado.
- Se a Secom utilizasse como base o que a TV Globo recebeu da sua verba total ano a ano, o resultado seria desprezível do ponto de vista da desconcentração como defendido a partir do estudo. Em 2000 a TV Globo teve 29,8% do total da verba da Secom e em 2012 esse percentual foi de 27,5%. Neste número não estão incluídas as verbas para TV fechada, que eram de 2,95% em 2000 e passaram para 10,03% do total do meio TV em 2012. Nesse segmento, provavelmente a maior parte dos recursos também vai para veículos das Organizações Globo que ainda tem expressivos percentuais dos recursos para jornais, rádios, revistas, portais etc.
- Utilizando os dados da Secom também é possível chegar a conclusão de que em 2000, a TV Globo ficava com aproximadamente 370 milhões das verbas totais de publicidade do governo federal. Em 2012, esse valor passou a ser de aproximadamente 495 milhões.
- O secretário executivo da Secom também afirma que houve ampliação do número de veículos programados de 2000 para 2012, o que a Altercom reconhece como um fato. Essa ampliação foi significativa, mas no texto não é informado qual a porcentagem do valor total destinado a esses veículos que antes não eram programados.
- Por fim, no estudo o secretário parece defender apenas o critério da audiência quantitativa como referência para programação de mídia. Sendo que a legislação atual não restringe a distribuição das verbas de mídia ao critério exclusivo de quantidade de pessoas atingidas. Aponta, por exemplo, a segmentação do público receptor da informação e o objetivo do alcance da publicidade, entre outras questões. E é notório também que a distribuição dos recursos deve considerar a qualidade do veículo programado e a sua reputação editorial.
Considerando que a Secom está disposta ao diálogo, o que é bom para o processo democrático, a Altercom solicita publicamente e por pedido de informação que será protocolado com base na legislação vigente, os seguintes dados.
- A lista dos investimentos em todas as empresas da Organização Globo no período do estudo apresentado pela Secom (2000 a 2012).
- O número de veículos programados pela Secom ano a ano no período do estudo (2000 a 2012)
- Quanto foi investido por cada órgão da administração direta e indireta no período do estudo (2000 a 2012).
- Quais foram os 10 veículos que mais receberam verbas publicitárias em cada órgão da administração direta e indireta em cada meio (TV, rádio, jornais, revistas, internet etc) no período do estudo (2000 a 2012).
- A curva ABC dos veículos e investimentos realizados pela Secom. Ou seja, o percentual de verbas aplicadas nos 10 maiores veículos, nos 100 maiores e nos demais no periodo de 2000 a 2012.
- O que justifica do ponto de vista dos hábitos de consumo da comunicação a ampliação do percentual de verbas publicitárias de 2000 para 2012 no meio TV.
- O sistema e o critério de classificação e ranqueamento que estaria sendo utilizado pela Secom para programação de mídia.
A Altercom tem outras ponderações a fazer a partir do estudo apresentado, mas confiando na postura democrática da atual gestão avalia que os pontos aqui levantados já são suficientes para que o debate seja feito em outro patamar.
Reafirmamos nossa posição de que a distribuição das verbas publicitárias governamentais não pode atender apenas a lógica mercadista. Elas precisam ser referenciadas nos artigos da Constituição Federal que apontam que o Estado brasileiro deve promover a diversidade e a pluralidade informativa.
A Altercom também reafirma a sua sugestão de que a Secom deveria adotar o percentual de 30% das verbas publicitárias para os pequenos veículos de informação, o que fortaleceria toda a cadeia produtiva do setor da comunicação. E colocaria o Brasil num outro patamar democrático, possibilitando o fortalecimento e o surgimento de novas empresas e veículos neste segmento fundamental numa sociedade informacional”.

No Brasil, corrupto não fica um dia sequer preso

Quadrilha que dirigia o Banco Nacional não fica sequer 24 horas na prisão

4/9/2013 13:18
Por Redação - do Rio de Janeiro
Magalhães Pinto chegou a ser levado para um presídio carioca, mas foi libertado logo em seguida
Magalhães Pinto chegou a ser levado para um presídio carioca, mas foi libertado logo em seguida

Presos por agentes da Polícia Federal na véspera, pela manhã, os quatro ex-dirigentes do antigo Banco Nacional passaram menos de 24 horas na cadeia. Eles foram soltos ainda na terça-feira, mediante habeas corpus, concedido no começo da noite pelo desembargador Antonio Ivan Athié, do Tribunal Regional Federal (TRF) da 2ª Região. O ex-controlador do banco, Marcos Magalhães Pinto, o ex-vice-presidente da Área de Controladoria Clarimundo Sant’anna, o ex-diretor Arnoldo Oliveira e Omar Bruno Corrêa chegaram a ser levados ao presídio Ary Franco, onde passaram por todos os procedimentos normais aos novos detentos, mas o desembargador levou em conta o fato de os processos do réus não terem transitado em julgado, cabendo recursos contra as condenações proferidas em 2002. As idades dos executivos réus, todos com mais de 70 anos, também foram consideradas.
Os quatro executivos dirigiam um dos mais tradicionais bancos do país, que sofreu intervenção nos anos 90 e protagonizou grande escândalo financeiro. A prisão foi decretada pelo juiz Marcos André Bizzo Moliari, da 1ª Vara Criminal Federal do Rio, a pedido do MPF. Os dirigentes foram condenados por formação de quadrilha, gestão fraudulenta, prestação de informações falsas a investidor ou à repartição pública e inserção de elementos falsos em demonstrativo contábil de instituição financeira. Um quinto ex-executivo, Nagib Antônio, com prisão decretada, nem chegou a ser preso na véspera, junto com os colegas.
Magalhães Pinto, segundo o MPF, é o único não condenado por formação quadrilha, e deve cumprir pena de 12 anos e dois meses, enquanto Sant’anna foi condenado a 15 anos e um mês. Arnoldo Oliveira ficará preso por 17 anos e um mês, e Omar Bruno Correia, por 8 anos e dez meses. A procuradora Ariane Guebel de Alencar alegou que “levar o princípio da presunção de inocência ao extremo de impedir a execução de sentença condenatória quando não há mais recurso com efeito suspensivo seria, de fato, um brinde à impunidade e à ineficiência da Justiça”.
Relembre o escândalo
• Resultado maquiado
Os problemas do Banco Nacional começaram em 1986, quando registrou rombo de US$ 600 milhões. O resultado era bem superior ao patrimônio líquido de US$ 250 milhões, da instituição financeira que pertencia a uma das mais tradicionais famílias mineiras, os Magalhães Pinto.
• Contas fantasmas
A saída para acobertar o déficit foi forjar empréstimos fictícios, com a abertura de 600 contas fantasmas. As operações foram contabilizadas como ativos bons.
• Intervenção do BC
A maquiagem ocorreu até novembro de 1995. O Banco Central determinou que fosse feita auditoria e detectou rombo de R$ 9,2 bilhões. O governo Fernando Henrique liberou recursos do recém criado Proer. Com a liquidação extrajudicial, o Unibanco comprou o banco mineiro e ficou com a parte “boa”.
Com informações do diário popular carioca O Dia